O ex-governador Marcio França (PSB) deverá ser o titular do Ministério dos Portos e Aeroportos, que será criado com o divisão do atual Ministério da Infraestrutura. Também será criado o Ministério dos Transportes, responsável por rodovias e ferrovias.
O nome de França, assim como o de diversos outros ministros, deve ser anunciado pelo presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva (PT) depois que a PEC da Transição, que garante recursos para programas sociais como o Bolsa Família, for aprovada.
Após sofrer alterações na Câmara, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) voltará a ser apreciada no Senado. Para acomodar lideranças dos mais variados partidos e garantir apoio político a seu governo, Lula vai ampliar o número de ministérios dos atuais 23 para 37.
Ao que tudo indica, Marcio França parece satisfeito com a indicação. Inicialmente, o PSB reivindicava um ministério mais robusto, como o Ministério das Cidades, que é responsável pelo programa “Minha Casa, Minha Vida”. No entanto, por conta da desidratação de sua bancada (o número de deputados federais do PSB passou de 23, eleitos em 2018, para 14), o PSB receberia o Ministério da Ciência e Tecnologia —proposta de que foi recusada.
Nas negociações, com a criação de novos ministérios, surgiu a ideia de dividir o Ministério da Infraestrutura, que estava sendo cobiçado por MDB, PSD e o próprio PT.
Pesa a favor de Marcio França a sua liderança incontestável dentro do PSB, a habilidade política que permitiu a definição de Geraldo Alckmin como candidato a vice de Lula, e a sua disposição de renunciar a sua candidatura a governador de São Paulo para apoiar Fernando Haddad, num momento em que estava bem posicionado nas pesquisas eleitorais.
O fato de ter sido derrotado na eleição para o Senado não é considerado como negativo, uma vez que as principais lideranças da equipe de transição entendem que era tarefa praticamente impossível derrotar o candidato apoiado por Jair Bolsonaro — no caso, o ex-astronauta Marcos Pontes.
O futuro governo Lula terá 37 ministérios, que serão ocupados por indicados por 14 partidos políticos. A grande dúvida ainda é como será feita essa divisão: quantos serão preenchidos na cota pessoal de Lula, e quantos ministérios cada partido terá. Os articuladores do próximo governo ponderam que a divisão seguirá a representatividade dos partidos que integrarão a base de apoio do novo governo no Congresso Nacional.
Os partidos que já apoiam Lula
No primeiro turno, Lula contava com apoio de PT, PCdoB, PV, PSB, Solidariedade, Pros, Avante, Agir, PSOL e Rede, além de lideranças do MDB (mesmo o partido tendo Simone Tebet como candidata. No segundo turno, ganhou apoio do PDT de Ciro Gomes e o apoio de Tebet. Confirmada a vitória, recebeu sinalizações de políticos do PSD e União Brasil.
O tamanho da bancada de cada partido em 2023:
- PT – 68
- União Brasil – 59
- MDB -42
- PSD – 42
- Republicanos- 41
- PDT – 17
- PSB – 14
- PSOL – 12
- Podemos – 12
- PCdoB – 6
- PV – 6
- Cidadania – 5
- SD – 4
- PROS – 3
- REDE – 2
Fonte: Jornal da Orla | Foto: Divulgação
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