O agronegócio representou, em 2022, quase um terço do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil, chegando a US$ 500 bilhões – o equivalente a uma Argentina. Toda essa pujança tem impulsionado não só a economia, mas também o setor ferroviário brasileiro. A carga agrícola é uma das mais crescem em termos de volume na ferrovia. Nos últimos dez anos, a movimentação de grãos (soja, farelo de soja e milho) nos trilhos dobrou, chegando a 64,5 milhões de toneladas em 2022, de acordo com dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Está certo que o volume de grãos na ferrovia é incomparável ao de minério de ferro, que ainda responde por 70% de tudo que é transportado pelo setor no Brasil. Mas a questão está no potencial de crescimento que vem do agronegócio. Enquanto a movimentação ferroviária de minério decresce (nos últimos cinco anos a queda foi de 21,26%), a de grãos tende a subir. Não por acaso, praticamente todos os novos projetos de ferrovia no país estão sendo prospectados ou implementados com o objetivo de atender essa demanda. Difícil prever quais vão vingar dentro do complexo setor ferroviário brasileiro, mas o fato é que o agronegócio tem gerado estímulos para a expansão da malha.
O potencial desse setor para a ferrovia é indiscutível diante dos recordes sucessivos de produção de grãos e também da baixa participação do modal no escoamento dessa carga. Este ano, o volume de produção deve bater 312,5 milhões de toneladas – incremento de 15% (40,1 milhões de toneladas) em relação à safra 2021/22, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No ano passado, mais da metade dessa produção foi escoada por meio de caminhões até os portos do Arco Norte ou do Sul e Sudeste do país. A ferrovia respondeu pela movimentação de cerca de 20% de todo o volume.
Fonte: Revista Ferroviária | Fotos / Divulgação / Créditos: Lucas M. Rosa
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