A informação da Eurasia de que o governo eleito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende revogar a “Lei das Estatais” via Medida Provisória (MP) intensificou a aversão ao risco no mercado brasileiro nesta segunda-feira (12). A falta de resistência parlamentar à eventual revogação trouxe pessimismo ao mercado, por colocar em xeque a visão de que o Congresso poderia ser um anteparo a medidas econômicas não-amigáveis ao mercado do novo governo.
Às 11h03, o Ibovespa recuava 1,84% a 105.547 pontos, próximo às mínimas do dia. Já o dólar futuro avançava 1,24% a R$ 5,3049 às 11h07.
O objetivo da revogação é facilitar a nomeação do senador Jean Paul Prates (PT-RN) ou do coordenador do governo de Transição Aloizio Mercadante à presidência da Petrobras (BVMF:PETR4). A eventual gestão de Prates ou de Mercadante era vedada pela Lei das Estatais, que exige a nomeação de um quadro técnico com experiência no mercado de petróleo para comandar a petrolífera.
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Os investidores não viram a informação da Eurasia com bons olhos, impactando negativamente as ações da Petrobras. Os papéis ordinários da estatal caíam 3,46% a R$ 27,10, enquanto os preferenciais recuavam 4,13% a R$23,66. As ações do Banco do Brasil (BVMF:BBAS3), que tem o governo federal como o principal acionista, tinha queda de 3,06% a R$ 33,91.
Informação da Eurasia vem após a nomeação do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad ao Ministério da Fazenda na última sexta-feira (9). O nome de Haddad enfrenta resistência no mercado financeiro, que tem receio da reedição da política econômica do governo Dilma, no qual foi marcado por elevação dos gastos públicos, deterioração fiscal e intervencionismo na economia.
O que é a Lei das Estatais?
A Lei nº 13.303/16 foi promulgada em 2016 durante o governo de Michel Temer para regulamentar a gestão das empresas públicas e suas subsidiárias. As regras estabelecidas pela lei para a governança das estatais se aproximam das práticas estabelecidas pelo mercado, trazendo mais transparência à gestão e evitando interferência política e casos de corrupção às estatais.
Fonte: investing | Foto: Divulgação
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