Somando 25 anos trabalhando com celulose e comércio exterior, uma paulistana se apaixonou pelo Porto de Santos, onde atua diretamente há três anos. Mãe de João Pedro, de 15 anos, e Maria Laura, de 14 anos, a gerente de operações e exportações da Bracell, Patrícia Santos, de 47 anos, conta que o setor lhe trouxe, para além do conhecimento técnico, a visão de que as potencialidades e as características de mulheres e homens se complementam no setor portuário.
Na empresa, dedicada à produção, armazenagem e exportação de celulose, situada na Margem Direita do Porto, na Ponta da Praia, em Santos, Patrícia gerencia pessoas, define estratégias e novos processos para a evolução da operação, além de tomar decisões diárias. “Eu olho o todo para o melhor resultado de recepção de carga, armazenagem e embarques de navios, levando em conta qualidade, produtividade e custo justo da operação”, explica.
“Amo o que eu faço, tenho formação técnica, mas é imprescindível a intera-ção diária com pessoas para o meu desenvolvimento constante. O ambiente portuário me proporciona isso”, diz a executiva que trabalha no setor portuário há dez anos.
Sobre atuar num setor majoritariamente masculino, Patrícia garante que nunca enxergou como um desafio. “Quando cheguei, busquei aprender com o setor e o público predominante do Porto, não somente para ser aceita, mas para ter a oportunidade de falar com igualdade e propriedade de conhecimento sobre trabalho portuário e poder contribuir com a essência feminina e suas características gentis”.
Em 10 anos de área portuária, ela ressalta que teve muitas histórias e experiências. “Para começar, uma conquista foi a aceitação na minha chegada, uma mulher de 1,50 metro, vinda de outra cidade não portuária para liderar uma operação no Porto”, comemora.
Patrícia ingressou na companhia atual em fevereiro de 2020, permanecendo na Capital Paulista, onde morava, por dez meses, devido à pandemia. Ela destacou que participou ativamente do projeto do novo terminal tendo como desafio ainda a operação e embarque simultâneos de mais de 6 milhões de toneladas durante esse período.
“Eu fui a primeira contratação para definir junto à gestão o leilão da área e estratégias para garantir o desempenho operacional durante a construção. Fechamos o contrato de arrendamento da área e iniciamos o processo de licenças e liberações para início da operação junto ao startup da fábrica. ‘Desconstruímos’ um terminal com equipamentos, fatiamos a construção do terminal em fases e concluímos quatro alfandegamentos junto à Receita Federal, sem deixar de priorizar a operação que continuou acontecendo (recebimento de carga ferroviária, armazenagem e embarque de navios)”, explica.
A executiva diz que o futuro terminal terá capacidade estática de 126 toneladas, com aumento de armazenagem para 30 mil toneladas. “Um dos diferenciais é que o terminal será equipado com guindastes de pórtico para descarregar os vagões e pontes rolantes para maximizar a capacidade de armazenagem e aumentar a produtividade de embarques de navios”.
Fonte: Jornal A Tribuna Press Reliase/Clipping | Foto: Divulgação / Créditos: Arquivo Pessoal Patrícia Santos
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