A DP World Santos, um dos maiores e mais modernos terminais privados multipropósito do país, está ampliando o uso de energia renovável em seus equipamentos, como parte de uma estratégia global para neutralizar as emissões de carbono até 2040. A primeira grande mudança, que já começou a ser implementada, é a substituição do combustível utilizado nos RTGs (guindaste utilizado para movimentação de contêineres), que passam a ser movidos por energia elétrica. A primeira máquina da frota foi adaptada e já está em funcionamento de forma 100% sustentável.
O projeto prevê a adaptação de um total de 22 equipamentos, que atualmente funcionam à base de diesel. A expectativa é que outras quatro máquinas sejam eletrificadas até o final de 2023 e o restante em 2024.
A tecnologia para a eletrificação do maquinário, proveniente da Alemanha, é uma das mais modernas do mundo, e já é usada em portos de países europeus e asiáticos. Ela funciona por meio de um conjunto com "braço elétrico", alimentado por cabos e interligado a duas hastes. No terminal, oito eletrocentros serão instalados na retroárea para fornecer energia aos RTGs. Cada eletrocentro será capaz de alimentar quatro blocos da quadra de contêineres, com uma linha de rolagem de até 300 metros. O investimento total no projeto é de mais de 80 milhões de reais.
Com ela, o consumo de diesel do terminal será reduzido em até 60%. "A conversão dos RTGs vem para potencializar nossas práticas ESG, com destaque para a sustentabilidade. Além do cuidado com o meio ambiente e fatores climáticos, com esta mudança também esperamos benefícios para a operação, pois a tecnologia oferece baixo custo de manutenção, aumento de produtividade nos RTGs e melhoria na confiabilidade dos equipamentos", explica Fábio Siccherino, Diretor-Presidente da DP World.
A eletrificação dos RTGs é parte de uma estratégia global de sustentabilidade, chamada "Nosso Mundo, Nosso Futuro", que almeja um fluxo de comércio inteligente para criar um futuro melhor para todos. O projeto para a adoção de energia de fontes renováveis em todos os equipamentos portuários está em vigor nos 75 países em que o Grupo DP World atua. Atualmente, novos equipamentos adquiridos pelo Grupo já são alimentados por energia renovável. No ano passado, a DP World cortou as emissões diretas de carbono de suas operações globais em 5%, de acordo com seu último relatório ESG. O presidente e CEO do Grupo, Sultan Ahmed Bin Sulayem, anunciou que a empresa pretende investir até US$ 500 milhões para reduzir as emissões de CO² de suas operações em quase 700 mil toneladas nos próximos cinco anos.
Ações em prol do meio ambiente no Brasil
A estratégia "Nosso Mundo, Nosso Futuro" orienta e direciona a atuação responsável da DP World globalmente, reduzindo o impacto das atividades nas pessoas, nas comunidades e no meio ambiente. Ela está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).
No país, a DP World Santos vem realizando esforços para a sustentabilidade ambiental de suas atividades desde a fase de obras do terminal.
A empresa investiu mais de R$ 12 milhões em mais de 30 projetos voltados à fauna e flora da região e realizou o salvamento de mais de 35 mil plantas e sementes, com reaproveitamento da biomassa e resíduos vegetais e monitoramento de restingas e manguezais. Além disso, promoveu o monitoramento e o manejo da fauna terrestre presente na região onde o terminal foi construído, visando preservar as espécies em locais autorizados pelo Ibama e a conservação de mais de 50 hectares manguezal e restinga no entorno.
Em 2022, tornou-se o primeiro terminal portuário do Brasil a não destinar resíduos para aterros sanitários após a implementação do projeto Aterro Zero, que tem como objetivo reaproveitar todos os resíduos gerados no local, com destaque para os não-recicláveis, que se transformam em energia sustentável para atividades já existentes da indústria. Desde o início do projeto, mais de 479,40 toneladas de resíduos sólidos deixaram de ser enviadas a aterros sanitários.
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