Os valores do Post Panamax abrandaram com a recente compra do “Lisbon” pela MSC, adquirida pela empresa ítalo-suíça por 22 milhões de dólares (valor VV 25,53 milhões de dólares), afetando sobretudo navios com 20 anos e 6.500 TEU, que tiveram a queda mais significativa de 5,05%, passando de US$ 40,23 milhões para US$ 32,13 milhões, conforme relatado pela VesselsValue em seu Market Chat.
Nesse contexto, “as receitas de contêineres atingiram seu nível mais baixo em março e começaram a subir desde então. As taxas de afretamento pós-Panamax por um ano estão atualmente em US$ 43.500/dia, um valor que permanece bem acima da média histórica para este setor”, acrescentou a análise VesselsValue.
Efeito "Lisboa"
A compra do “Lisbon” (6.078 TEU, maio de 2003, Hanjin Heavy Ind) eleva para 12 o total de porta-contêineres adquiridos pela MSC até o momento, número que inclui nove navios Post Panamax e três Panamax com idade média de 20 anos. Além dessas compras de segunda mão, a empresa com sede em Genebra encomendou outros 10 novos navios Panamax de 11.400 TEU este ano, que foram contratados para serem construídos em Zhoushan Changhong International e estão programados para entrega entre 2025-2026. Essas aquisições elevam a frota da MSC para 394 unidades em serviço e 86 encomendadas, equivalentes a um valor de mercado global de US$ 19 bilhões.
Onda de compras
A MSC passou por uma série de compras nos últimos anos, com um total de 234 navios porta-contêineres adquiridos de janeiro de 2021 até o momento. O setor mais popular foi a gama Sub Panamax, que representou cerca de 25,2% das compras, seguido pelos Panamaxes com cerca de 24,8% e navios Post Panamax em terceiro lugar com cerca de 23,9%. Os Handy Containers representaram 13,7% das compras, Feedermax 11,5% e New Panamax 0,9%. Além destas aquisições, foram assinados 92 novos contratos de construção no mesmo período, mais da metade dessas encomendas correspondeu ao setor de novos Panamax, com 56,5%, seguido de Post Panamax, com 22%, e Handy Containers, com 11%; os Panamaxes representam 6,5% e os ULCVs, 4%.
Fonte: Mundo Marítimo | Fotos / Divulgação / Créditos:
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