O Porto do Açu iniciou este mês as obras para a expansão do cais e a dragagem para implementação de um segundo berço de atracação para o Terminal Muticargas (T-MULT). A conclusão dessa fase da expansão, prevista para o próximo semestre de 2024, permitirá a operação de dois navios de grande porte simultaneamente.
O cais operacional passará de 340 metros para 500 metros. A obra de dragagem, que teve início em fevereiro, garantirá que a totalidade do cais operacional tenha a mesma profundidade de calado que é de 13,1 metros. Com isso, a capacidade de movimentação do terminal, já num primeiro momento, aumentará para 2,7 milhões de toneladas ao ano. “Considerando também a expansão da área de armazenagem, poderemos duplicar essa capacidade de movimentação ao longo dos próximos anos, chegando até 5 milhões de toneladas, que é o que uma operação simultânea de dois navios possibilita”, detalha João Braz, diretor Comercial e de Industrialização do Porto do Açu.
O executivo explica, ainda, que a capacidade de expansão do T-MULT o diferencia dos demais terminais brasileiros: “No Brasil não há terminais instalados fora dos centros urbanos, sem congestionamento nos acessos terrestres e marítimos e, ainda, com a capacidade de expandir o tamanho como temos no Açu”, avalia.
O investimento na etapa em andamento de ampliação do cais e de dragagem supera os R$ 100 milhões. Contudo, o projeto completo de expansão, que engloba pátios de armazenagem, galpões, infraestrutura para estocagem e novos equipamentos, poderá somar R$ 300 milhões ao longo de três anos. Serão 200 mil metros quadrados de área total de armazenagem “Estamos investindo para garantir o nível de serviço que oferecemos aos nossos clientes. O T-MULT tem demonstrado eficiência para trazer mais carga”, destaca João Braz.
Em 2023, o terminal movimentou 2,1 milhões de toneladas, o que representou incremento de 33% em relação ao mesmo período em 2022. No último ano, foram adicionadas novas cargas ao portifólio, incluindo briquetes de minério de ferro, soja, milho para exportação, além de sal recebido por cabotagem. O T-MULT conquistou, ainda sete novos clientes, totalizando 55 no portfólio. O terminal opera há oito anos, movimentando granéis sólidos e carga de projeto e teve uma alavancagem (ramp-up) de 43% ao ano (conforme CAGR – taxa composta de crescimento anual).
A ampliação do cais aumenta a capacidade operacional do terminal para atender as operações de coque, carvão e, também, abre espaço para novas cargas relacionadas ao agronegócio, incluindo a movimentação de grãos e fertilizantes. Desde 2020, o Porto do Açu colocou o Rio de Janeiro no mapa dos agronegócios do Brasil – que até então era o único estado que não realizava a movimentação de fertilizantes desde a costa da Bahia até o Rio Grande do Sul.
Além disso, a expansão do T-MULT prevê captar a demanda para escoar minerais raros, essenciais para a transição energética, como concentrado de lítio e cobre utilizados na fabricação de baterias para veículos elétricos. “Nossa localização é estratégica. Conectamos os principais centros urbanos do país com o mundo”, conclui João Braz.
Sobre o Porto do Açu
Localizado na região norte do Rio de Janeiro, o Porto do Açu é o maior complexo porto-indústria da América Latina. Em operação desde 2014, é administrado pela Porto do Açu Operações, uma parceria entre a Prumo Logística, controlada pelo EIG, e o Porto de Antuérpia-Bruges Internacional. Ao todo já são 22 empresas já instaladas e entre clientes e parceiros, sendo várias delas companhias de classe mundial. Com atividades de minério, petróleo e gás consolidadas e em expansão, o Açu pretende acelerar a industrialização com foco em projetos de baixo carbono, sendo reconhecido como o porto da transição energética no país.
Fonte: AscomPress Reliase/Clipping | Foto: Divulgação
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