O consórcio do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram) pretende investir R$ 1,6 bilhão e ampliar o terminal de exportação de grãos no porto maranhense de Itaqui, em São Luís. Com os desembolsos dessa fase, a terceira do empreendimento, a capacidade de escoamento do terminal passará de 15 milhões para 23,5 milhões de toneladas ao ano. A nova etapa deverá se estender por 28 meses.
Segundo os integrantes do consórcio, com o novo berço para embarques e o volume adicional de transporte, as empresas da região do Mapito (confluência entre Maranhão, Piauí e Tocantins) terão receita adicional com exportações de R$ 18,3 bilhões por ano. Entre 2015 e 2022, a receita foi de R$ 110,5 bilhões.
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“Hoje, embarcamos dois navios por mês. Com o recebimento de caminhão e trem ao mesmo tempo, vamos ter uma terceira linha de expedição, inclusive atendendo uma prerrogativa do edital de licitação do porto, que prevê um berço para recebimento de navios maiores”, afirmou ao Valor Randal Luciano, diretor executivo do Tegram.
Atualmente, os dois terminais do consórcio recebem navios da família Panamax, que transportam 65 mil toneladas, em média. A expansão tornará possível o recebimento dos Capesize, com capacidade para até 170 mil toneladas. “Temos um calado natural que permite isso”, afirma o executivo.
Nos oito primeiros meses deste ano, 170 navios foram carregados nos dois berços do consórcio, e as expedições somaram 11,3 milhões de toneladas de grãos. Em todo o ano passado, o volume chegou a 13,4 milhões de toneladas.
Na expansão, a capacidade estática do terminal vai aumentar 71%, passando de 500 mil para 856,8 mil toneladas. O investimento incluirá ainda a conexão com o modal ferroviário nas estruturas atuais e com a futura moega do Porto de Itaqui, um projeto da VLI. Hoje, 58% dos grãos exportados pelo terminal chegam por rodovia, mas o Tegram foi concebido para receber 80% por modal ferroviário.
Movimentação
O Porto de Itaqui movimentou 33 milhões de toneladas no ano passado, sendo 23 milhões em granéis sólidos. A VLI, com braço ao lado do terminal do consórcio, transportou cerca de 5 milhões de toneladas. “Ao todo, 97% da produção do Mapito passa por Itaqui, e 76% disso, pelo Tegram”, diz Randal. O volume do ano passado representou 11% das exportações de soja e 10% das exportações de milho de todo o país.
“Estamos com a capacidade do terminal esgotada, e a safra não para de crescer. Por isso, nós solicitamos ao governo a renovação antecipada da concessão e protocolamos as autorizações para ampliar o terminal, com a construção de um novo berço”, comenta André Campos diretor da Viterra e, hoje, também o presidente do consórcio. O dinheiro para o investimento será parte das consorciadas e parte do mercado financeiro (ainda a ser negociado).
O consórcio Tegram-Itaqui é formado pelas empresas Terminal Corredor Norte (TCN), Viterra Logística e Terminais Portuários, Corredor Logística e Infraestrutura (CLI) e ALZ Grãos (das tradings Amaggi, Louis Dreyfus e Zen-Noh Grain). Elas operam quatro terminais separados, com governança compartilhada.
Fonte: Globo Rural | Imagem: (Créditos):
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