O governo federal anuncia na manhã desta quinta-feira (25) um programa de estímulo à indústria automotiva, cujo objetivo é ampliar o acesso a carros populares (ou “de entrada”) e “alavancar a cadeia produtiva ligada ao setor automotivo brasileiro”.
O evento de lançamento do programa ocorre no Palácio do Planalto, no Dia da Indústria (25 de maio), com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin (PSB).
Mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou a jornalistas, sem detalhar as medidas, que o programa foi desenhado pela área econômica, sob coordenação de Alckmin, a pedido de Lula. “Apresentamos para o presidente algumas possibilidades de medidas de estímulo à indústria”.
Carros de entrada?
A dificuldade está em chegar a uma equação para que alguns modelos sejam oferecidos na faixa entre R$ 50 mil e R$ 60 mil. A intenção inicial, de carros populares na faixa entre R$ 45 mil e R$ 50 mil, se mostrou inviável, e a meta agora é ter ao menos um modelo na faixa dos R$ 55 mil, segundo o Estadão.
Os dois modelos mais baratos à venda hoje são o Renault Kwid e o Fiat Mobi, ambos por R$ 69 mil. Devem ser anunciadas também medidas para reduzir os preços de automóveis de até R$ 100 mil, que estão fora do segmento conhecido como “popular” (ou “de entrada”).
Prováveis medidas
Para reduzir o preço dos carros, o governo federal tenta envolver também os governadores no projeto, com corte na alíquota do ICMS (a principal fonte de arrecadação dos estados), para além da redução do IPI (imposto federal) e das margens de lucro das montadoras e concessionárias.
O pacote deve incluir também juros subsidiados para financiamentos e prazos mais longos para as parcelas (as altas taxas são apontadas pelas montadoras como o principal entrave às vendas). Está em discussão também usar parte do FGTS dos trabalhadores como uma espécie de “fundo garantidor” em caso de inadimplência.
A indústria automobilística espera que as medidas ajudem a recuperar as vendas do setor, que estão em queda ou estagnadas desde o início da pandemia. Nos últimos anos, várias empresas suspenderam a produção temporariamente e deram férias coletivas aos funcionários ou cortaram turnos de trabalho para adequar a produção à demanda.
Fonte: Agência Brasil e Estadão Conteúdo | Fotos / Divulgação / Créditos:
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