Minha história começou muito antes de meus pulmões inspirarem a primeira molécula de oxigênio, mas vou começar com o recorte que mais me agrada. É 1952. E nele tem meu avô, que era estivador no Porto de Salvador, tem cordas, tem navios, tem suor, tem alguns gritos, tem força bruta, tem cargas sendo içadas...
É como se, em meio àquele cenário caótico, algum fio se desentrelaçou e pulsou sobre o mar, sobre o ar, e como quem gostou de se molhar, em algum momento se enroscou em um útero onde eu estava a descansar (alguns chamam só de genética, eu gosto mais desse lado poético).
Desse útero resolvi sair em 03 de outubro de 1990, às 08h50, e foi o sol da Bahia que me acolheu. Nascida e criada na Boa Terra, fui me apaixonando pelos livros, enquanto os lia embalada pela brisa da cidade litorânea na qual vivia. E entre leituras e escritas, aos 17 anos resolvi ingressar no curso de direito da UNIFACS, na cidade de Salvador.
O direito portuário pulsa além das páginas editoriais e pulsando com ele venho construindo minha história. Desde 2017, estou na liderança do jurídico do OGMOSA vivenciando, com honra e gratidão, o que anseio ser somente o prólogo de uma longa jornada com a área portuária, disse a líder jurídico do OGMOSA, Vanessa Lima - Siga-me no LinkeDin
E tal qual cantou Gilberto Gil: “É só balançar (é só balançar) / Que a corda me leva de volta pra ela”. Neste caso, foi só balançar que a corda me levou de volta pra ele, o porto.
E assim, em 2012, lá fui eu, de algum modo, seguir os passos de meu avô. Foi quando adentrei pela primeira vez no Órgão Gestor de Mão de Obra do Trabalho Portuário de Salvador e Aratu (OGMOSA) para iniciar como estagiária do setor jurídico e, assim, passei a conhecer mais sobre a área portuária durante os dois anos em que ali permaneci nesse papel. Ali surgiu uma paixão construída no dia a dia da dificuldade de se compreender as singularidades das nomenclaturas que não estão nos livros didáticos.
Foto: Divulgação / Créditos: Arquivo Pessoal.
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