A Jornada de uma jornalista apaixonada pelo Porto de Santos

Nunca vi com clareza que tinha uma relação com o Porto de Santos, até efetivamente trabalhar com isso. Mas essa paixão estava escondida num cantinho do meu coração e das minhas lembranças.

Meu avô trabalhou 25 anos no Porto de Santos, sendo o último cargo de conferente de carga. Só encerrou o contrato e teve “aposentadoria forçada” devido à extinção da antiga Companhia das Docas do Estado de São Paulo, hoje Autoridade Portuária de Santos. Senão, estaria até hoje, mesmo com 77 anos.

Passados alguns anos, quando tive que escolher uma profissão aos 17 anos, ingressei na faculdade de Jornalismo. Nunca pensei a fundo em outras opções porque eu já era jornalista em meus sonhos, só faltava o diploma pregado na parede.

Me graduei, ainda sem relação alguma com o Porto. No máximo, ficava maravilhada observando as pilhas de contêineres na avenida a caminho de casa.

Nos últimos anos, já formada, não foi fácil me estabilizar no mercado de trabalho de comunicação. Depois de ter passado por duas empresas prestadoras de serviços portuários (e dois layoffs), eu já estava desencantada com a área. Não queria mudar abruptamente, mas pensei que seria perfeito se eu ao menos tivesse uma ocupação, enquanto procurava outro emprego.

Tive a ideia e a coragem de entrar numa segunda faculdade, Comércio Exterior. Estava muito animada com esta nova etapa. Se não conseguisse trabalhar com jornalismo, pelo menos sempre teria vaga em Comex, na região do maior porto do Hemisfério Sul, certo? O que eu não contava é que eu conseguiria unir minha profissão com meu interesse e hoje sou jornalista especializada no setor portuário!

Se você me perguntar, eu não imaginava isso há 5 anos. Mas faz todo sentido. Amo o que faço e a cada cobertura de evento, texto produzido, pauta, post, eu me sinto realizada em contribuir um pouquinho com a maior preciosidade da região: o Porto de Santos.

Convido outras mulheres a terem também a coragem de tomarem esses espaços, vestirem seu EPI e se permitirem sonhar.

Marina Estevão, Jornalista apaixonada pelo setor portuário Siga-me no LinkeDin