Segundo dados da Indústria Brasileira de Árvores, a produção brasileira de celulose chegou a 25 milhões de toneladas em 2022, alta de 10,9% na comparação anual, enquanto as exportações alcançaram 19,1 milhões de toneladas, um avanço de 22%, que registra uma nova marca histórica. Com esses resultados, o país se consolidou como maior exportador de celulose do mundo no último ano.
O desempenho acima da média ampliou a diferença em relação ao segundo maior exportador da commodity, o Canadá, segundo o ranking da FAO (Food and Agriculture Organization). Em 2021, o país exportou 8 milhões de toneladas da fibra para outros países, seguido dos Estados Unidos, com 6,83 milhões de toneladas.
O Brasil também alcançou recorde na fabricação de papéis, chegando a 11 milhões de toneladas, crescimento de 3,5%. O desempenho foi impulsionado por papéis para embalagem, com alta de 7%, e papéis tissue, que teve alta de 6,7%. As exportações somaram 2,5 milhões de toneladas de papel, 21% acima do registrado em 2021, marcando nova máxima histórica.
“A união de uma indústria forte de base florestal e uma visão afinada com os preceitos da economia verde são o legado que o setor está deixando para o país e mostrando, cada vez mais, seu DNA sustentável ao mundo”, afirmou o presidente-executivo da Ibá, Paulo Hartung, acrescentando que a indústria tem avançado em direção a novos usos de seus produtos, com matéria-prima sustentável em outras indústrias.
Para a Ibá, os números de 2022 reforçam a tendência crescente na busca por produtos de origem renovável, biodegradáveis e com rastreabilidade, como é o caso do setor de árvores cultivadas.
Nesse sentido, no final de 2021, a Bracell já havia iniciado um megaprojeto de celulose no interior de São Paulo. Atualmente, a Suzano e Klabin estão aportando, juntas, mais de R$ 32 bilhões em novas fábricas de celulose ou na produção integrada à fabricação de papel. Além disso, a chilena Arauco anunciou um investimento de R$ 15 bilhões para sua primeira unidade no país, com uma planta em Mato Grosso do Sul.
Dessa forma, a tendência é que o país continue isolado na liderança desse mercado. Vale destacar a Suzano como exemplo, que adicionará 2,55 milhões de toneladas de celulose à capacidade instalada no país com o Projeto Cerrado, que deve entrar em operação em 2024, com a maior parte do volume direcionada ao mercado externo.
Do outro lado, segundo boletim da Ibá, a China ainda é o principal comprador da celulose brasileira, com US$ 3,3 bilhões dos US$ 8,39 bilhões exportados em 2022, seguido pela Europa, com US$ 2,5 bilhões.
Já no papel, os países da América Latina correspondem ao principal mercado para produtores brasileiros, com um valor de US$ 1,9 bilhão exportado em 2022, alta de 56,4% nas exportações, na comparação anual.
Com os valores históricos reportados, as divisas para o setor de base florestal também alcançaram um novo recorde, com alta de 28,7%, para US$ 11,6 bilhões. Assim, o superávit na balança comercial da indústria alcançou US$ 10,46 bilhões no ano, com expansão de 32%.
Fonte: Portal Celulose | Fotos / Divulgação / Créditos:
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