Porto tem como visão geração ou chegada da energia renovável em suas instalações. Para CEO, fonte renovável é peça-chave na produção do H2V
O Porto do Açu (RJ) planeja se tornar destaque na produção de hidrogênio verde no Brasil, considerado uma das alternativas mais eficazes para descarbonizar indústrias de difícil redução de emissões de carbono, tais como siderurgia, de cimento e também na produção de fertilizantes nitrogenados. Rogério Zampronha, CEO da Prumo, responsável pelo complexo, acredita que a energia renovável pode ser a peça-chave na produção do hidrogênio.
Durante o evento Desenvolver RJ: Um estado de grandes oportunidades e investimentos, nesta quarta-feira (1°), Zampronha, afirmou que acredita que o futuro demanda que as companhias tenham uma estratégia a partir da economia de baixo carbono. Sendo assim, o porto tem como visão a geração de energia renovável ou chegada da energia renovável em suas instalações, através de biomassa e plantas solares, por exemplo.
Zampronha destaca que o empreendimento escolheu focar em energia renovável justamente pelos investimentos. "Atualmente as multinacionais não aprovam se as companhias não estiverem prontas para a transição energética. Por isso, estamos trilhando esse caminho com ações concretas: hoje temos uma planta solar sendo desenvolvida aqui dentro, estamos em conversa com empresas que têm interesse em desenvolver ativos de eólica offshore em frente ao porto, usando como base logística e atraindo a cadeia desse segmento", comentou.
A estratégia do Porto do Açu tem andado junto com os planos do governo Lula (PT) que já sinalizou que pretende transformá-lo em um hub de produção de hidrogênio verde e energia eólica offshore. No início de janeiro, o presidente se reuniu com o chanceler federal alemão, Olaf Scholz, líderes das maiores economias do Mercosul e da União Europeia (UE). Na ocasião, Scholz chegou a destacar o potencial brasileiro para o H2V e estimou que o mercado brasileiro poderá alcançar um valor anual de R$ 150 bilhões, dos quais R$ 100 bilhões serão provenientes das exportações.
"Muitos portos no Brasil têm foco em exportação, transformando o hidrogênio verde em amônia verde, mas nós enxergamos ele como vetor, insumo crítico e estratégico para industrializar o Porto do Açu a partir da indústria verde. Nosso país importa 90% dos fertilizantes nitrogenados que consome, parte desse mercado pode ser substituído por hidrogênio verde. Temos aqui um mar de oportunidades e a gente pode usar nosso empreendimento como uma forma para industrializar o estado do RJ", destacou Zampronha.
Fonte: Clipping | Fotos / Divulgação / Créditos:
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