Crise financeira no Primeiro Mundo muda mapa do comércio global | Jornal Portuário: Notícias e Análises do Setor Portuário | Acompanhe as últimas notícias, tendências e análises sobre o setor portuário. Informações completas sobre logística, transporte marítimo, infraestrutura portuária e mais no Jornal Portuário.

Crise financeira no Primeiro Mundo muda mapa do comércio global

Queda das exportações chinesas para os EUA e Europa leva país asiático a apostar em mercados emergentes

Enviado por: Redação | @jornalportuario
592 visualizações
Webstory Siga o Jornal Portuário no Google News

O comércio global vem diminuindo há meses, efeito do ciclo de inflação alta e elevação da taxa de juros na atividade econômica dos Estados Unidos e da Europa desde o fim a pandemia do novo coronavírus.

Maior exportador do mundo, a China está sendo afetada por essa queda no comércio global, à medida que o aumento dos custos dos empréstimos pressiona os gastos dos consumidores e das empresas nas nações ricas, destino tradicional de suas exportações.

Embora a taxa de crescimento do comércio exterior venha desacelerando, com queda de valores em dólares, a participação da China nas exportações globais de bens vem aumentando, em virtude de uma mudança de rota de suas mercadorias, migrando para regiões como o Oriente Médio e a América Latina.


👉🏽 Faça parte do nosso grupo de notícias no WhatsApp

A participação geral da China nas exportações globais de bens foi de 14,4% em 2022, acima dos 13% no ano anterior à pandemia e 11% em 2012, de acordo com a Organização Mundial de Comércio (OMC). Em 2022, os EUA representaram 8,3% das exportações globais de bens e a Alemanha, 6,6%.

A mudança da rota das exportações chinesas para países emergentes se deve ao interesse por carros elétricos baratos e smartphones, produtos que superam alternativas ocidentais muito mais caras. Para se ter uma ideia, a China ultrapassou o Japão como maior exportador mundial de veículos no primeiro trimestre de 2023.

O governo chinês, por sua vez, segue importando commodities dos emergentes, reforçando parceria comercial iniciada há décadas.

A primazia chinesa no comércio global é apenas um consolo diante da queda das trocas comerciais envolvendo o país asiático e as nações ricas do Ocidente.

As exportações da China para os EUA caíram 24% em junho em comparação com o ano anterior. No mesmo período, os embarques para a União Europeia recuaram 13%.

De forma geral, o valor das mercadorias enviadas da China para o exterior caiu 12,4% em junho em comparação com o ano anterior, depois de cair 7,5% em maio, de acordo com a Administração Geral das Alfândegas da China.

A China não é a única nação exportadora asiática a relatar queda em dólares nas vendas no exterior.

As exportações de Taiwan caíram 23% em junho em comparação com o ano anterior, enquanto as exportações vietnamitas reduziram 11% e as da Coreia do Sul, 6%.

Queda de  investimento direto

Outro foco de preocupação da China – cuja economia vem crescendo menos do que o esperado no primeiro semestre – é a queda relevante de investimento estrangeiro no país, que caiu para US$ 20 bilhões no primeiro trimestre deste ano, em comparação com US$ 100 bilhões no primeiro trimestre do ano passado.

Os economistas do Goldman Sachs preveem que as saídas da China neste ano anularão os investimentos no país, uma mudança relevante para um país que, nas últimas quatro décadas, viu consistentemente mais dinheiro entrando do que saindo.

Esse recuo é visto como efeito da deterioração da relação com os EUA este ano, depois de o comércio bilateral ter atingido um recorde de US$ 690 bilhões em 2022 – quando a demanda pós-pandemia dos EUA por bens de consumo chineses aumentou e a de Pequim por produtos agrícolas e energia dos EUA cresceu.

Uma categoria de importação americana que teve crescimento foram as baterias de íon-lítio, cujo valor mais que dobrou nos últimos dois anos, à medida que a produção de veículos elétricos nos EUA aumentou.

Os subsídios fiscais dos EUA destinados a aumentar a capacidade de fabricação de baterias domésticas e reduzir a dependência das baterias chinesas, no entanto, são vistos como essenciais para a queda do comércio bilateral.

“Esse declínio ainda pode ser em parte devido à queda na demanda de bens após a farra de compras da era covid nos EUA, mas a diversificação da cadeia de suprimentos fora da China também pode ser um fator”, disse à agência Reuters William Reinsch, especialista em comércio do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais em Washington.

A retomada do comércio bilateral foi o item principal da agenda da ministra do Comércio dos EUA, Janet Yellen, que visitou a China na semana passada.

“Não devemos permitir que qualquer discordância leve a mal-entendidos que piorem desnecessariamente nosso relacionamento econômico e financeiro bilateral", disse Yellen, referindo-se às restrições para exportações para a China de componentes eletrônicos para fabricação de supercondutores, que os EUA já admitem rever.

Fonte: Neo Feed | Fotos / Divulgação / Créditos: Imagem Ilustrativa

INFORMATIVO

Comunicado: As publicações encontradas no site Jornal Portuário - www.jornalprotuario.com.br são de inteira responsabilidade do autor e do veículo que a divulgou na integra. A nossa missão é manter informado aqueles que nos acompanham, de todos os fatos, que de alguma forma, estejam relacionados com o setor portuário em todo o seu contexto. A matéria veiculada apresenta cunho jornalístico e informativo, inexistindo qualquer crítica política ou juízo de valor.

Sobre os Direitos Autorais: Os artigos e notícias, originais deste Portal, são republicações (clipping) e pautas recebidas e publicas de forma total ou parcial com a citação das fontes, como respeito mencionados seus devidos créditos e/ou os seus links seja posto para o mesmo. O mínimo que se espera é o respeito com quem se dedica para obter a informação, a fim de poder retransmitir aos outros.
👇🏾👇🏾
Sobre os direitos de imagens: As imagens são propriedade de seu respectivo autor e foram usadas para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos.


Comentários

Nossa política de comentários

Este espaço visa ampliar o debate sobre os assuntos abordados nas notícias divulgadas, de forma democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente desconsiderados.

Deixe seu comentário:

Preencha o campo Nome corretamente.
Preencha o campo Mensagem corretamente.

Leia também:

Links Úteis

Vagas de Emprego

ilustracao-curso-aquaviario
ITL está com inscrições abertas para a Certificação Internacional em Gestão Portuária
santos-brasil-tem-200-vagas-de-trabalho-abertas-no-tecon-santos
Santos Brasil tem 200 vagas de trabalho abertas no Tecon Santos
porto-de-santos-abre-inscricao-para-concursos-publicos-com-242-vagas
Porto de Santos abre inscrição para concursos públicos com 242 vagas
apos-13-anos-autoridade-portuaria-abre-concurso-para-250-vagas
Após 13 anos, Autoridade Portuária abre concurso (para 250 vagas)
aps-publica-editais-para-242-vagas-em-concurso-publico
APS publica editais para 242 vagas em concurso público

Mais Lidas

Saiba quais s?o os 24 ex?rcitos mais poderosos do mundo em 2022
Saiba quais são os 24 exércitos mais poderosos do mundo em 2022
china-cke
Saiba quais são as 10 maiores potências economias do mundo atual
whatspp3
Receba Notícias do Setor Portuário no seu WhatsApp
Terminal Pusan ​​da DP World ? o primeiro do mundo a implementar o sistema de armazenamento BOXBAY high-bay
Terminal Pusan ​​da DP World é o primeiro do mundo a implementar o sistema de armazenamento BOXBAY high-bay
A importância do segundo idioma na carreira no Com?rcio Exterior
A importância do segundo idioma para um profissional da área de Comex
Publicidade

Receba notícias no Grupo

White Martins fará no Ceará seu maior projeto de hidrogênio verde do Brasil