O Porto de Suape, no Litoral Sul de Pernambuco, vai ganhar um novo terminal de contêineres que deve pelo menos duplicar a capacidade do complexo portuário e gerar mais de 1,7 mil empregos, segundo o governo do estado.
Nesta segunda-feira (16), foi assinada a autorização para a implantação da nova estrutura, que deve começar a ser construída em 2024 e terminar em 2026. O investimento inicial na implementação do terminal é de R$ 1,6 bilhão.
O novo terminal vai ser implantado e administrado pela APM Terminals, empresa que é subsidiária do conglomerado dinamarquês A.P Moller-Maersk.
A assinatura da autorização foi feita pelo ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho; pela governadora Raquel Lyra; e pelo presidente da APM Terminals, Aristides Júnior.
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Somente na obra, devem ser criados novos 500 empregos diretos e 2 mil indiretos. Depois, com o funcionamento total do terminal de contêineres, serão 1,7 mil postos de trabalho, sendo 350 diretos e 1,4 mil indiretos.
O novo terminal deve ocupar cerca de 50 hectares, numa área que pertencia ao Estaleiro Atlântico Sul (EAS) e foi leiloada em 2022, sendo arrematada por R$ 455 milhões pela Maersk.
A estrutura terá capacidade inicial de movimentar, por ano, 400 mil TEUs (medida-padrão utilizada para calcular o volume de um contêiner), podendo ultrapassar a marca de 1,3 milhão de TEUs anuais quando estiver em pleno funcionamento.
O governo informou que este será o primeiro terminal da América Latina a ser 100% eletrificado, com gestão ambiental, gestão de resíduos, tratamento de águas residuais e modelagem de fluxo de águas subterrâneas para controle de poluição.
Segundo Raquel Lyra, o aumento da carga do Porto de Suape vai fazer com que Pernambuco entre em novas rotas de distribuição de mercadorias para dentro do Brasil e para o exterior.
"Na medida em que a gente pode, num primeiro momento, duplicar a capacidade de contêineres, a gente agrega valor e permite também ganhar um diferencial competitivo, considerando que esse porto, esse terminal, pretende trabalhar com uma eficiência ainda maior do que a operada hoje. Vamos permitir de fato o barateamento do custo das nossas operações", declarou a governadora.
A governadora também afirmou que setores como o de exportação de automóveis devem ser diretamente impactados. Além disso, a exportação das frutas produzidas no Sertão também deve ser feita via Suape, em vez de pelo Porto do Pecém, em São Gonçalo do Amarante (CE), como é feita atualmente.
Fonte: Press Reliase/Clipping | Imagem: (Créditos):
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