A Yara Clean Ammonia (YCA) e o Bunker Holding Group assinaram na semana passada um Memorando de Entendimento (Mou) para explorar oportunidades de trabalho conjunto no mercado de amônia de baixo carbono.
As empresas querem se posicionar na transição da indústria naval para combustíveis mais sustentáveis com o fornecimento de amônia ao longo das principais rotas comerciais e portos de abastecimento em várias regiões do mundo.
O MoU conecta dois elementos-chave da cadeia de abastecimento para viabilizar a amônia de baixo carbono como combustível de transporte: uma fornecedora global de amônia limpa e o maior fornecedor de bunker em termos de usuários finais.
Derivada do hidrogênio, a amônia de baixo carbono – que inclui a rota azul (produzida a partir do gás natural) e a verde (com base em energia renovável) – oferece uma solução para a descarbonização de setores intensivos, como transporte, geração de energia e agricultura.
Para a YAC, é uma das alternativas mais eficazes para descarbonizar o transporte marítimo. A expectativa é que a partir de 2026, as empresas de navegação expandam o uso desse combustível para reduzir as emissões de CO2, que podem chegar a 100% em todo o ciclo de vida.
Valerie Ahrens, diretora sênior de novos combustíveis e mercados de carbono da Bunker Holding, disse que o grupo pretende desempenhar um papel de liderança na facilitação da descarbonização do setor marítimo.
“Como tal, é vital para nós colaborar com parceiros que possam oferecer ao mercado confiança em escala e segurança no fornecimento de combustíveis de baixo carbono”, comentou.
Corredor de amônia verde
Em abril de 2022, a Yara International e Azane Fuel Solutions assinaram um acordo comercial para estabelecer uma rede de bunkers – combustível de navios – à base de amônia verde na Escandinávia até 2024.
Serão os primeiros terminais operacionais de combustível de amônia do mundo.
A amônia verde é um biocombustível produzido a partir do hidrogênio renovável e capaz de substituir o bunker utilizado pelo transporte marítimo.
Responsável por 3% das emissões globais de CO2, o setor está entre os que terão maior dificuldade em descarbonizar suas atividades.
Os terminais de bunker de amônia serão projetados e construídos pela Azane e entregues à Yara.
A empresa global de fertilizantes planeja aproveitar sua posição para fornecer o combustível livre de carbono à indústria naval. É também uma forma de transportar o hidrogênio, cuja demanda tende a crescer nos próximos anos.
Fonte: epbr | Fotos / Divulgação / Créditos:
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