Ao contrário do que seria expectável, o fim da crise no Mar Vermelho, poderia ter "contornos dramáticos", do que se continuasse nos mesmo moldes actuais, no que concerne à utilização da rota do cabo, isto de acordo com sugestões de membros bem colocados da Maersk.
Foi durante uma teleconferência onde se falou dos resultados operacionais, que a Maersk indicou que era expectável que as taxas de frete e a capacidade do shipping fossem afectadas se os navios porta-contentores pudessem de repente navegar pelo Mar Vermelho e pelo Canal de Suez neste primeiro trimestre, em comparação com um ano inteiro de disrupção da cadeia de abastecimento.
Patrick Jany, Director Financeiro, descreveu a orientação da Maersk como “dois cenários extremos”, e mencionou que a actual crise “tem um certo benefício, por causa da receita adicional”, e embora também tenha levado ao aumento de custos, o armador foi em grande parte capaz de recuperar. Afirmou ainda que: “À medida que a [crise] do Mar Vermelho começou a desenrolar-se, isso não alterou os níveis prevalecentes em que os contratos estavam a ser assinados.
“Conseguimos repassar o custo adicional e algumas sobretaxas pelos custos adicionais que tivermos… e conseguimos fazer isso no topo como uma linha separada no contrato. Então é isso que poderá proporcionar um impulso ao primeiro trimestre”, adicionou Patrick Jany. Indicou ainda que estes contratos, possuem a rescisão das sobretaxas ( Na mesma semana), caso haja alguma navegação de um navio novamente pelo Canal do Suez.
Além disso, os dados da Maersk indicaram que se as viagens normais fossem retomadas ainda neste trimestre, o mercado enfrentaria um súbito excesso de oferta de capacidade de 6%, o que aumentaria ainda mais, para 8%, até ao final do ano. Adicionou ainda mais dados: “Se imaginarmos que a situação [do Mar Vermelho] continua durante todo o ano, então, em termos muito simplistas, poderíamos imaginar que temos uma repetição do primeiro trimestre… à medida que o ano avança, o que poderia levar a um cenário de equilíbrio.”
A Maersk concluiu: “A perturbação do Mar Vermelho ajudará a aliviar as perdas oceânicas no primeiro trimestre, mas o efeito global dependerá da duração e da rapidez com que a capacidade adicional entrará em serviço, levando a uma ampla gama de cenários para o ano”.
Fonte: Press Reliase/Clipping | Foto: Divulgação / Créditos:
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Carlos Obregon, em 18/02/2024 09:43:53:
Esperamos que em breve tenhamos uma solução para este problema, temos enfrentado muitas crises no últimos tempos o que dificulta fazer planos de desen