Atualmente, a Paracel conta com 103 mil hectares de florestas de eucalipto, que são suficientes para o início das operações da nova fábrica de celulose da companhia no Paraguai até 2027, conforme Flavio Deganutti, CEO da Paracel, confirmou em entrevista à Fastmarkets.
Segundo o executivo, a Paracel continua evoluindo no projeto de construção da sua primeira fábrica de celulose branqueada de eucalipto no Paraguai, que que terá capacidade para produzir 1,8 milhão de toneladas da commodity por ano.
“O Paraguai vem se apresentando como um grande paralelo com o estado de Mato Grosso do Sul no Brasil, com muitas áreas que foram ocupadas por gado e agora podem ser usadas para florestas plantadas. Esse potencial só começou a ser explorado com o projeto Paracel, mas imaginar que o país chegará a 1 milhão de hectares de plantações no futuro não é tão difícil”, afirmou Deganutti.
Confiante com a recuperação no ambiente econômico global e queda das taxas de juros, Deganutti disse ver espaço para o projeto finalizar sua estrutura financeira. “Continuamos esperando o arranque da nossa fábrica para 2027. Os mercados financeiros estão se fortalecendo, com uma melhor perspectiva para as taxas de juro no futuro nos mercados maduros, de onde o financiamento deverá vir”, declarou.
De acordo com o executivo, a Paracel está abrindo caminho para uma forte presença florestal no Paraguai. Completando seu primeiro ciclo florestal após anos de plantio, a empresa iniciou a coleta de dados importantes sobre a produtividade da madeira no país.
O incremento médio anual (IMA) nas áreas plantadas da Paracel é de cerca de 31 metros cúbicos por hectare por ano em seu primeiro ciclo, afirmou Deganutti. É um índice muito bom, conforme o CEO, que destacou que ainda há muita pesquisa e desenvolvimento genético nessa área que ocorrerá no futuro.
“Sempre comparamos o Paraguai com o Mato Grosso do Sul. Lá também abriram uma nova fronteira para a celulose anos atrás, e no início ninguém acreditava nesses projetos, mas agora tem grandes áreas focadas em eucalipto e celulose”, disse Deganutti.
“Os fundos de investimento madeireiro já visitam regularmente a região e alguns começaram a investir no país. Eles são atraídos pelas condições que o Paraguai oferece, com uma economia estável, uma moeda estável, respeito à propriedade privada, com um dos sistemas tributários mais atrativos das Américas”, acrescentou.
DESENVOLVIMENTO DA BASE FLORESTAL
Conforme Deganutti, a Paracel tem uma visão de longo prazo do seu trabalho no Paraguai, por isso espera atrair mais investimentos e construir um setor florestal mais desenvolvido que possa abrigar também uma segunda linha no futuro.
“Nenhuma empresa de base florestal pretende importar madeira, portanto, no curto prazo, podemos nos beneficiar do fornecimento de madeira do Brasil. A madeira do Paraguai também pode ir para o Brasil, mas no longo prazo não queremos considerar grandes distâncias para garantir a madeira, por isso estamos aumentando nossa base florestal e fechando parcerias a todo vapor”, afirmou o CEO.
Atualmente, cerca de 45% da madeira que a Paracel possui para esse projeto é de propriedade da empresa, o restante é propriedade de terceiros, mas a empresa pretende mudar esta taxa para 70-80% de propriedade no futuro.
“Temos que ter em mente que o projeto Paracel foi concebido para ser duplicado, por isso precisamos continuar atraindo investidores para plantar florestas e continuar pensando em expansões futuras”, ressaltou o CEO.
A empresa está expandindo e cuidando de todos os aspectos de sustentabilidade, afirmou Deganutti. Além disso, ele também destacou que a Paracel espera receber a certificação do Forest Stewardship Council (FSC) ainda neste ano. “O Paraguai já possui algumas áreas certificadas e não esperamos ventos contrários para obtê-la. Estamos trabalhando com o cronograma para termos a [certificação] FSC durante 2024”, complementou Deganutti.
Fonte: Portal Celulose Press Reliase/Clipping | Foto: Divulgação / Créditos:
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