Ao analisarmos os vultuosos investimentos realizados por entidades como a SPA e APS no Porto de Santos, nos deparamos com um emaranhado de siglas que parecem conduzir a lugar nenhum.
Contudo, para compreender o verdadeiro caos que permeia a logística reversa nesse porto, não é necessário ir tão longe, se quer ser especialista ou muito menos buscar algo em portos que estão à 50 anos luz.
A infraestrutura de acesso por rodovias muitas vezes nos leva de um ponto a outro, mas sem chegar a lugar algum.
As construções aparentemente sem lógica logística contribuem para o entrave, em vez de facilitar o fluxo de mercadorias.
O fatiamento desordenado das zonas primarias ao longo das décadas é um ponto crucial a ser destacado.
Mesmo com contratos de arrendamento ultrapassando os 25 anos, as zonas do Porto de Santos segue enfrentando situações sazonais.
Em meio a esse cenário assustador, observamos uma persistência em priorizar elementos que, muitas vezes, não geram algo efetivo ou melhor dizendo, riqueza, mas sim um caos exacerbado.
Este artigo é um desabafo e uma análise crítica da atual situação do Porto de Santos, um retrato de desafios logísticos que impactam não apenas o porto, mas toda a cadeia produtiva que depende dele e também a comunidade ao seu redor.
A Opinião expressa neste Artigo é exclusiva do autor, não refletindo necessariamente a posição editorial ou ideológica do Jornal Portuário.
Luiz C de Oliveira - É jornalista portuário, escritor e apaixonado pelo setor, com vasta experiência em portos e logística. Ele é idealizador do site Jornal Portuário, que está entre os principais meios de comunicação e mais importantes portais de notícias do setor portuário no Brasil, com mais de 10 de história. (MTB:87682/SP)
Autor do livro "Ship Planner Planejamento Operacional V1", a 1° obra em referência ao planejamento e embarque de containers em navios cargueiros, que tem contribuído significativamente para o desenvolvimento e aprimoramento do setor portuário do país.
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