Maersk anuncia demissão de 10 MIL funcionários

A Maersk espera obter uma economia de US$ 600 milhões com as medidas de corte de pessoal, até atingir a demissão de 10 mil funcionários.

A renomada empresa de transporte marítimo, A.P. Moller-Maersk, considerada um indicador crucial do comércio global, anunciou a demissão de pelo menos 10.000 funcionários, em um esforço para preservar sua rentabilidade. A empresa alega que o setor de transporte marítimo está se contraindo em um ritmo maior do que o inicialmente previsto, devido a taxas de frete em declínio e ao aumento da concorrência. Até o momento, cerca de 6.500 vagas de emprego que estavam preenchidas, já foram eliminadas.

O Jornal Portuário está no WhatsApp.
Clique aqui e receba os principais conteúdos!

As reduções de funcionários correspondem a cerca de 9% das vagas de emprego totais da Maersk e são impulsionadas por taxas de frete em declínio e pelo aumento da competição no setor.

Até o momento, aproximadamente 6.500 funcionários que ocupavam essas vagas de emprego já foram demitidos, segundo o CEO Vincent Clerc, em uma entrevista à Bloomberg TV.

Ele observou: “Se observarmos a carteira de pedidos e o que está por vir nos próximos dois anos, acho que provavelmente estamos nos preparando para um ambiente muito moderado e pressionado nos próximos dois ou três anos.”

A notícia da demissão de tantos funcionários abalou o mercado, com as ações da Maersk na Bolsa de Copenhague caindo aproximadamente 15% no início da tarde no horário local.

A empresa estima que essas medidas de corte de pessoal resultarão em uma economia de impressionantes US$ 600 milhões.

Além das demissões, a Maersk também reavaliará seu programa de recompra de ações programado para 2024 e reduzirá suas estimativas de despesas de capital para 2023 e 2024.

Essas ações demonstram o comprometimento da empresa em enfrentar os desafios do mercado de transporte marítimo.

Taxas de frete mais baixas e aumento da concorrência pressionam a Maersk
O setor de transporte marítimo de contêineres enfrenta dificuldades após anos de lucros recordes em 2021 e 2022, impulsionados pela alta demanda por bens de consumo durante a pandemia, juntamente com a oferta limitada de navios, o que elevou os preços do frete.

No entanto, em 2023, o crescimento econômico global perdeu força, e as empresas estão preferindo trabalhar com os estoques existentes, em vez de transportar novos produtos para a Europa e os EUA.

Paralelamente, um excesso de oferta de navios está se acumulando no mercado.

A multinacional, que até janeiro empregava 110.000 pessoas, está em processo de redução de vagas de emprego preenchidas para menos de 100.000, o que resultará em uma economia de US$ 600 milhões em 2024 e nos próximos anos, em comparação com o ano atual.

As ações da empresa refletem as mudanças no cenário do transporte marítimo, à medida que a Maersk se adapta aos desafios do mercado e visa manter sua rentabilidade em meio a um ambiente competitivo e em constante transformação.

Fonte: Press Reliase/Clipping | Foto: Divulgação / Créditos:

O Jornal Portuário está na Play Store.
Clique aqui e receba os principais conteúdos!