O Crescimento implacável de um novo gigante chamado Arco Norte

Os portos do Arco Norte emergem como protagonistas, superando o tradicional gigante Porto de Santos. Situados no chamado Arco Norte, localizados acima do paralelo 16, têm se tornado protagonistas no cenário das exportações de grãos no Brasil, desafiando a supremacia histórica do Porto de Santos. No ano passado, esses portos não apenas cresceram, mas ultrapassaram pela primeira vez o volume de grãos exportados por Santos. O aumento expressivo na movimentação de produtos em 2022 destaca a importância estratégica desses portos para a economia brasileira.

Enquanto os portos do Arco Norte prosperam, o Porto de Santos, tradicional líder nesse setor, enfrenta desafios significativos. A falta de planejamento e infraestrutura adequada tem gerado questionamentos sobre a capacidade de Santos em competir eficientemente com os portos do Norte.

A necessidade urgente de investimentos públicos para melhorar a infraestrutura de acesso tem sido apontada como um dos principais obstáculos. Poderemos nomear vários fatores para isso, entre elas a comparação de custos, os investimentos nas infraestruturas rodoviária, hidroviária e portuária nos últimos anos no Arco Norte resultaram em uma redução significativa nos custos de frete em comparação com o Arco Sul, onde se encontra o Porto de Santos.

Dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) revelam uma queda de 53% nos valores dos fretes rodoviários de grãos com origem em Sorriso (MT) e destino a Miritituba (PA) em comparação com os envios para Santos.

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A Ascensão do novo Gigante chamado Arco Norte, reflete não apenas a capacidade de exportação, mas também o papel crucial desempenhado na importação de fertilizantes. O crescimento contínuo da área cultivada e da produção na região impulsiona a demanda por esses portos, que oferecem distâncias mais curtas, custos menores e maior competitividade internacional para os produtos brasileiros. Apesar do sucesso, e o crescimento implacável, ainda persistem desafios para os portos do Arco Norte.

Devemos lembrar que a avaliação da assessora técnica da Comissão Nacional de Logística e Infraestrutura da CNA destaca a necessidade de adequação da capacidade desses portos, especialmente em termos de infraestrutura de acesso. Como a iniciativa privada acompanha a evolução, os investimentos públicos emergem como o elo mais fraco na equação.

Não podemos subestimar o Gigante, pois o cenário em evolução das exportações de grãos no Brasil, mesmo destacando a ascensão notável dos portos do Arco Norte, pode também despertar uma mera sazonalidade na sua movimentação, o fato não é somente superarem o Porto de Santos, que já é consolidado como rota e peças-chave na logística nacional e internacional.

Enquanto os desafios no Porto de Santos é evidente, os portos do Norte enfrentam questões cruciais relacionadas aos investimentos públicos. O Brasil observa atentamente como essa transformação no mapa portuário influenciará o futuro das exportações de grãos e a competitividade internacional do país.

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 Luiz C de Oliveira é jornalista portuário, escritor e apaixonado pelo setor, com vasta experiência em portos e logística. Ele é idealizador do site Jornal Portuário, que está entre os principais meios de comunicação e mais importantes portais de notícias do setor portuário no Brasil, com mais de 10 de história. (MTB:87682/SP)

Autor do livro "Ship Planner Planejamento Operacional V1", a 1° obra em referência ao planejamento e embarque de containers em navios cargueiros, que tem contribuído significativamente para o desenvolvimento e aprimoramento do setor portuário do país.

"Compreender a Economia Mundial é crucial para compreender a importância do setor marítimo e portuário. Existe um vasto universo a explorar nesta área.”

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